coisas que chegam por e-mail.
Simplesmente isto: eu me encontrei.
Simplesmente isto: eu sou eu, você é você.
É lindo, é vasto, vai durar.
O próximo momento é sempre incerto,
mas agora, só agora, olha para mim e me ama.
Não.
Olha para ti e te ama, é o que está certo.
*
Os Ombros Suportam o Mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
*
O primeiro é Clarisse, o segundo Drummond e por último um anonimo e não menos sábio:
"Sozinho, um homem não é nada !!!
Nem corno!"