domingo, 22 de abril de 2007

Roger e eu.


Quando completei 14 anos, tinha uma dúvida cruel. Por nunca ter sido uma consumista inveterada, escolhia sempre presentes com mega significado e dava muito valor às coisas ganhas.

Numa tarde perto do natal de 1993 andava com a minha mãe atrás de algo que servisse como presente de aniversário.

Considerando que meu aniversário é em 24 de novembro, isso já tinha virado rotina. Rodávamos mil kilometros e eu não gostava de absolutamente nada.

Então, já desistindo de me comprar qualquer coisa e com minha mãe exausta, parei em frente à um pet shop. Tinham cinco filhotes de fox paulistinha numa gaiola.

Decidi, quero um!!!

Na verdade o Roger decidiu, ele grudou na minha mão com tanta força que me machucou... e me apaixonou. Ele tinha só 40 dias mas era o bastante pra ser encantador.

No dia seguinte estava levando pra casa meu presente de aniversário.

Ele teve que passar uns dias na casa da minha avó por conta da viagem de fimd e ano e depois disso nunca mais esteve longe da familia.

Dormiu na minha cama até completar o primeiro aniversário e estar apto a encarar o quintal.

Tivemos momentos incriveis, inesquecíveis e engraçados.

Sempre educado, sabia comer as coisas de maneira engraçada e era cheio de caras e bocas.

O Roger esteve em festas, ganhou marcas, conhecia meus amigos e muita gente se apaixonava por ele e seu jeito reservado.

Viajou com a familia, correu solto na praia à noite. Nadou em piscina. Se jogou em rio.

Jogou futebol, comeu sapatos, móveis e paredes.

Caminhou comigo em todas as minha tentativas de emagrecimento e correu.

Fugiu algumas vezes da coleira, sujou o que não devia.

Mas nunca perdeu a hora de acordar, nunca mordeu pessoas, nunca foi mal educado.

Ele nunca se esqueceu de me esperar, do colégio, do cursinho, da faculdade, do MBA e do trabalho... ele sempre me esperou.


Durante nossos 13 anos e alguns meses foi assim.


Foi.

Quinta-feira ele amanheceu doente.


Comecei a ficar perdida.


Hoje ele não amanheceu nesse mundo.





Eu perdi mais que um cachorro, perdi um amigo.


Daqueles de personalidade marcante.


E quem perde um amigo, perde tudo.





Tá triste demais assim.

domingo, 1 de abril de 2007

M u D a N d O

Comprei um carro.
E eu que achei que não mais teria um.

Virei a mesa e pedi a conta.
E eu que achei que já era ativo fixo.

Vou trabalhar mais longe ainda.
E eu que achei que Santana era o limite.

O mais impressionante?

Estou usando Filtro Solar! rs...

Voando mais alto, mais rápido... e mais perto do sol!

Eu não acho que surtei, mas, mudando posso surtar.