sábado, 30 de abril de 2005

esses pensamentos...

tem noites de frio em que é melhor nem nascer, nas de calor se escolhe: é matar ou morrer!

Pensamentos dia e noite pra que a vida ande nos trilhos...

Uma noite fria qualquer...

Conta a lenda que tudo o que cai nas águas deste rio... se transforma nas pedras do seu leito.
Ah, quem me dera que eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atirá-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.
Nas margens do Rio Piedra eu sentei e chorei.
O frio do Inverno fez com que eu sentisse as lágrimas na face, e elas misturaram-se com as águas geladas que corriam diante de mim... todas estas águas se confundem com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe..., e então eu esquecerei o Rio Piedra, o mosteiro... os caminhos que percorremos juntos.
Eu esquecerei as estradas, as montanhas e os campos dos meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.
Eu lembro-me do meu instante mágico, daquele momento em que um "sim" e um "não" podem mudar toda a nossa existência. Parece ter acontecido há tanto tempo e, no entanto, faz apenas uma semana que reencontrei o meu amado e o perdi.
Nas margens do Rio Piedra escrevi esta história. As mãos ficavam geladas, as pernas entorpecidas pela posição e eu precisava parar a todo o instante.

- Procure viver. Lembrar é para os mais velhos - dizia ele.

Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora e nos torne jovens quando a juventude já passou. Mas como não recordar aqueles momentos? Por isso escrevia, para transformar a tristeza em saudade, a solidão em lembranças. Para que, quando acabasse de contar a mim mesma esta história, a pudesse lançar no Piedra - assim me tinha dito a mulher que me acolheu. Para que então - as águas pudessem apagar o que o fogo escreveu.

Todas as histórias de amor são iguais.

sexta-feira, 29 de abril de 2005




Detesto que me cumprimentem com aperto-de-mão e não me olhem nos olhos.
Por alguma razão diz-se que os olhos são o espelho da alma.
Pior que darem-me um aperto-de-mão, sem olhar nos olhos, só mesmo oferecem-me aquelas mãos de linguiça que nos deixam a impressão de ter acabado de apalpar uma lesma.
Tudo se aprende na vida... até a cumprimentar.

Two Pots

(Um daqueles contos chineses, recebido por e-mail)

An elderly Chinese woman had two large pots, each hung on the ends of a pole which she carried across her neck. One of the pots had a crack in it while the other pot was perfect and always delivered a full portion of water.

At the end of the long walk from the stream to the house, the cracked pot arrived only half full.

For a full two years this went on daily, with the woman bringing home only one and a half pots of water.

Of course, the perfect pot was proud of its accomplishments. But the poor cracked pot was ashamed of its own imperfection, and miserable that it could only do half of what it had been made to do.

After 2 years of what it perceived to be bitter failure, it spoke to the woman one day by the stream.” I am ashamed of myself, because this crack in my side causes water to leak out all the way back to your house."

The old woman smiled, "Did you notice that there are flowers on your side of the path, but not on the other pot's side?

That's because I have always known about your flaw, so I planted flower seeds on your side of the path, and every day while we walk back, you water them.

For two years I have been able to pick these beautiful flowers to decorate the table. Without you being just the way you are, there would not be this beauty to grace the house."

Each of us has our own unique flaw. But it's the cracks and flaws we each have that make our lives together so very interesting and rewarding.

You've got to take each person for what they are and look for the good in them.

- To all of my crackpot friends, have a great weekend and remember to smell the flowers, on your side of the path.

quinta-feira, 28 de abril de 2005

AA: Homem RR: Mulher

Este post resulta da rubrica de hoje do “Amor é” na Antena 1, com a intervenção do Dr Júlio Machado Vaz e o locutor António Macedo.

O tema de conversa versou sobre uma acção de um Norueguês que apresentou uma acção em tribunal por alegadamente ter sido violado por uma mulher, e ganhou a acção.

Tenho que confessar que estou intrigado.

Sem contestar o direito à intimidade de cada um, temos que admitir que se ouve “sessão” de sexo entre os dois o homem não estaria assim tão alcoolizado a ponto de não poder recusar aquilo que supostamente não desejaria. Isto admitindo, segundo julgo saber, que o álcool em excesso não dará capacidades de bom juízo mas também não dará igualmente capacidade de erecção.

Creio que essa acção foi antes de mais o “preço” em forma pública de dizer à outra (ou à própria mulher, desculpem porque escapou-me esse detalhe) que cometeu asneira indo para cama com quem “não devia”, que aliás nem o desejava.

Desculpem-me ! Não me estou a ver-me com capacidade de dar uma queca por fora e não estar consciente que estou a pisar o risco ! Ou pior ainda, não ter a capacidade de recusar aquilo que não supostamente não estou a desejar !

quarta-feira, 27 de abril de 2005


Começo a apreciar as nossas desavenças... as reconciliações são extraordinárias.

terça-feira, 26 de abril de 2005

Alain De Botton

Escritor, em entrevista à revista "Visão" [21.04.2005]

(transcrevo algumas passagens da entrevista que de alguma forma tocaram-me, peço desculpa se estas não transmitem o âmago da referida entrevista embora não seja esse o meu objectivo)

(...)
“O homem não vive só de pão, tem de satisfazer necessidades espirituais. No Ocidente, sofremos não o medo da fome mas o medo de ter uma vida sem sentido; sofremos de competição, inveja, falta de tempo, feiura.”
(...)
“É provável que os que obtiveram sucesso monetário não tiveram uma vida familiar bem sucedida. Em que é que queremos ser bem sucedidos: na carreira, na maternidade? Como sociedade, queremos ter sucesso a gerar dinheiro, a arruinar o ambiente e a não ter tempo? Ou queremos criar um ambiente melhor?”
(...)
“Haverá sempre uma décalage entre os nossos sonhos e o que aconteceu. O humor é o resultado do idealismo face à realidade: ‘bem, temos que nos rir’.”
(...)
“Nós temos duas utopias no mundo moderno: amor sexual e dinheiro. Estamos condenados ao desapontamento, é a única resposta racional face ao que acontece.”
(...)

Frases da semana

“O óptimo é inimigo do bom.”

“Amor é... ser confidente.”

“O pessoal está teso, este país está sem dinheiro.”

“As mulheres são todas iguais, enquanto há dinheiro está tudo bem, quando este escasseia está o caldo entornado.”

segunda-feira, 25 de abril de 2005

Matando a saudade

Não tem como não sentir saudade de postar, eu adoro esse lugar, mas não vai dar pra voltar sempre. Eu volto quando der.

Vi que o Madeira está tomando conta direitinho desse albergue e é bom saber que estamos em boas mãos...

O Sandro se foi pra sempre dessa vida de blogueiro, setiremos saudades!

Um beijo e que todos fiquem bem.

sexta-feira, 22 de abril de 2005



No silêncio da noite,
Na solidão do ruído do dia.

quinta-feira, 21 de abril de 2005


Quando o céu e a terra se fundem em ouro.

E depois do Adeus

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

(tema interpretado por Paulo de Carvalho,
letra de José Niza musicado por António Calvário.
- Serviu de senha para a Revolução dos
Cravos em 25 de Abril de 1974)

quarta-feira, 20 de abril de 2005



Hoje é o melhor dia da minha vida,
Amanhã, com certeza, será também o melhor dia da minha vida!
Enquanto eu viver...

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Inter rail II

A nossa missão na Alemanha estava concluída, regressamos a Paris a onde chegamos ao fim da tarde quase a cair a noite.
Regressamos à mesma pensão com a esperança de recuperar um canivete suíço que lá ficou por esquecimento, é claro que ninguém encontrou o canivete que lá deixamos !!! O indivíduo que nos atendeu na recepção, por detrás de uma divisória de vidro, com pinta de marroquino de parcas palavras apenas conhecia a palavra ‘non’, pelo menos no que se referia à ‘knife’ ‘... avec le mot renault...’.
Pagámos a estadia de uma noite, adiantado, e é para quem quiser, e saímos para ver o Pigalle à noite.
Para quem é estranho tudo é estranho, saber o que são movimentações normais ou anormais é uma dúvida constante.
Por alguma razão o passeio foi curto e regressamos a vale de lençóis, o cansaço era tal que em poucos minutos já era dia...
Objectivo: Milão
Através de montanhas verdes, vales profundos e túneis atravessámos a Suíça.
Aquelas encostas com construções tradicionais em madeira pareciam demasiado perfeitas para serem verdadeiras. Mais parecia que estávamos dentro de uma bolha a passear pelo país das maravilhas.
O choque surge depois de percorrermos durante largos, imensos minutos, o túnel final e entramos em Itália.
A degradação das casas, a desarrumação urbanística junto à fronteira oferece uma imagem pouco convidativa e nada representativa daquilo que supostamente nos aguardaria.
Por fim entramos na gare.
É fim de semana, está a anoitecer, precisamos de cambiar Marcos antes de mais nada.
O mundial de futebol tinha terminado há pouco tempo e a gare ainda estava inundada de cartazes informativos, muitos deles com indicações em vários idiomas: “cuidado com os ladrões”, “atenção aos carteiristas”, “cuide da sua bagagem”.
Tudo aquilo inspirava um ambiente de descontracção de cortar à faca.
Informam-nos que há um guichet que faz câmbio.
Na minha mochila pequena de serviço trago a câmara fotográfica e a bolsa de trazer à cintura (porque estava a romper-se o cinto de suporte) onde trago a maior parte do dinheiro que tínhamos connosco. A caminho do local do câmbio comento com a Né que é urgente fazermos a redistribuição do pecúlio pelo que tínhamos que ir a um sanitário para não alertar olhares indiscretos.
O local de câmbio era já ali ao lado.
Pousamos as duas mochilas junto a um dos pilares de dimensões brutais que componham um espaço amplo.
Dirigi-me à fila que distanciava uns cinco metros do pilar. Discretamente, pelo menos procurei sê-lo, retirei cem Marcos da mochilita; fui à beira da Né pedir-lhe a calculadora para fazer contas; regressei novamente á fila, fiz o cálculo do câmbio e meti a calculadora na mochila.
Sou atendido e meto as Liras no bolso.
Abeiro-me da Né, ajudo-a a colocar a mochila, pouso a minha mochila pequena junto aos pés para libertar os braços e carrego a minha mochila, levo a mão à mochila pequena... NADA !
O chão fugiu-me debaixo dos pés, num sopro de vento tínhamos acabado de ser assaltados.

Frases da semana

"O nosso problema é querermos produzir como marroquinos e consumir como alemães"

"O único lugar na Terra onde os Portugueses nunca estiveram foi na Europa"
(Agostinho da Silva)

"Como é que se explica o que é evidente?"

"Se não podes estar com quem amas, ama com quem estás"
(extracto de um tema musical)

"Aquilo é que era uma motona, mil e tal de cilindrada, tinha tudo, até ar condicionado"


Fiquemos na ilha...

sexta-feira, 15 de abril de 2005




A maré está alta e o mar convida-me a perseguir o sol;
O sol me trará de volta na próxima semana.

Ontem foi a inauguração do calhau

Tudo aponta para que a casa da música na cidade do Porto já tenha uma alcunha: o calhau !
Será com certeza o primeiro calhau a dar-nos música e estou extremamente curioso para o conhecer pelo interior.
Para os mais distraídos: A inauguração aconteceu com a actuação da banda portuguesa os "Clã" que antecedeu a actuação do avôzinho rockeiro Lou Reed.
Hoje teremos o brilhante Maestro António Victorino D’Almeida com a sua última obra feita por encomenda para esta inauguração.

quarta-feira, 13 de abril de 2005

promessa é divida

Passei para dizer que amigos são raros e eu sou grata por ter mais de um.


Um beijo e "até amanhã"
Há mar,
Há sol,
Há vida
e criatividade




in Canção do Vai... e Vem
"Em noite larga te ardi
madrugada te apaguei
num retorno que te viva
te amarei "
(José Afonso/Paulo Armando)

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Inter rail

Saímos pela manhã armados até aos dentes com o essencial para o inter-rail: Mochila, bilhete com direito a viajar de comboio durante um mês pela Europa, e dinheiro para gastos.
Aquela marmita térmica foi um mau presságio, não que eu acredite nessas coisas, mas não gostei nada de vê-la rolar na plataforma ao romper-se a pega ainda não tínhamos posto o pé no primeiro comboio.
Com tantos vagões, com tanta carga, sonolento, lá conseguiu descolar pela linha fora em direcção a Paris. O entusiasmo começo a vislumbrar-se com a entrada em Espanha e o desbravar de milhas de planície a perder de vista douradas pelo sol. De longe a longe víamos conjuntos de enormes cilindros de feno e as ceifeiras mecânicas a pintalgar aqui e acolá perdidas na indefinição do calor.
A noite caiu, as luzes acenderam e o devorador de milhas sempre em marcha. Entre gargalhas, choros de bebé, discussões de excesso de cerveja, dormiu-se aos bochechos alternados com receio de sermos assaltados antes do tempo enquanto dormíssemos. A meio da noite já não havia posição confortável prazerosa além de um minuto.
Nascia o dia em Paris entrávamos na estação que nem um relógio suíço.
O nosso destino era Heilbron perto de Stuttgart na Alemanha antes de descermos para o mediterrâneo – sul de Itália, ilhas gregas, onde o vento nos levasse. A Né deixou aos sete anos a Alemanha para regressar a Portugal por vontade do pai para ingressar na escola primária. A vontade de regressar às raízes, regressar à terra natal está escrito no código genético do ser humano e haveria que rever o local da infância, rever a Tante (tia) Rose como carinhosamente era tratada a proprietária da casa onde viveram.
Fizemos um pequeno programa para ficar o dia e pernoitar em Paris. A indispensável visita ao Notre Dame, Sacré-Coeur, passeio no Champs-Elysee e no Pigalle, visitar a Tour Eiffel ... Esta última ficou-se por uma visita ao sopé porque a fila de espera era de tal tamanho que nem pusemos a hipótese de esperar.
Dormimos numa pensão rasca ali mesmo ao lado do Moulin Rouge, o famoso cabaret sobejamente conhecido pelos espectáculos eróticos cuja admissão estava completamente fora do orçamento do nosso bolso com carteira de campista internacional.
Aqueles dois dias passaram num rufo com cansaço imposto pelas mochilas que pesavam uma tonelada e pela alimentação de lata de conserva.
Zarpamos ao fim da tarde em direcção a Stuttgart. Chegamos a Heilbron a noite caía. A hipótese de dormir na estação de comboios estava posta de parte, já estavam a encerrar a estação.
Saímos com orientação da Né, coisa que é preciso ter imensa precaução dada as suas habilitações nesta matéria, os candeeiros já tinha acendido, as ruas desertas, encontramos dois ou três bares/restaurante abertos num ambiente extremamente sossegado.
Encontramos um hall de entrada exterior de um edifício com um utente e decidimos fazer-lhe companhia durante aquela noite.
Quando acordamos o nosso vizinho já tinha retomado a sua viagem. Lavamos a cara com água mineral e partimos à busca de pequeno almoço. Encontrámos um mini-mercado aberto onde compramos leite do dia e uns iogurtes que não necessitavam de refrigeração.
“Svai” tickets, no melhor alemão de estrangeiro para pedir dois bilhetes, seguimos em direcção à casa onde a Né morou durante sete anos. A emoção estava no ar.
Chamámos, já nem sei em que termos, e no topo das escadas exteriores apareceu uma senhora com os seus sessenta anos bem conservados que em resposta à pergunta Tante ?... logo exclamou Mánuélá !!! ... Mánuélá !!! ... convidou-nos a subir ao primeiro andar onde ficaram durante alguns minutos num diálogo de olhares, monossílabas e olhos rasos de água.

Frases da semana




Quem não tem a quem se dar o dia é igual à noite.
(Djavan)

Há uma diferença entre conhecer o caminho e fazer o caminho.
(in Matrix)

Sem tabaco a esperança média de vida da nossa população aumentaria 8 a 12 anos e não haveria dinheiro para pagar as reformas.
(Francisco Pimentel, membro da Sociedade Portuguesa de Oncologia, explicando por que razão os Governos mantêm o negócio do tabaco)
[in Visão, 07.04.2005]

O vinho é uma prova constante que Deus nos ama e deseja ver-nos felizes.
(Benjamim Franklin)

sexta-feira, 8 de abril de 2005



- Não deixe para amanhã o que pode fazer imediatamente. Diga o quanto ama aos que o rodeiam.

- Bom fim de semana !
Abraço

quinta-feira, 7 de abril de 2005

As árvores morrem de pé,



É impossível passar imune aos acontecimentos da actualidade. Sejamos católicos, praticantes ou não, agnósticos, muculmanos ou ateus, ou puramente observadores temos que reconhecer que há Homens de convicções capazes de mover montanhas de gente.
O caso presente de Karol Wojtyla é um exemplo de fé, solidariedade, simplicidade até à morte, mostrou ao mundo que apesar de lider dos católicos era um humano como outro qualquer que sofre capaz de assumir publicamente a fragilidade humana.

À parte alguns princípios para mim absurdos, e a suposta ajuda divina que sempre alegou usufruir, a qual escuso-me a comentar, quero deixar aqui o meu tributo ao grande Homem que foi Karol Wojtyla e a história fará com que não morra.

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Este blog aguarda por sua excelência a menina Tata !
com votos de um óptimo dia,


Aqui estou eu perdido
entre momentos flectores e torsores
bambeamentos
encurvaduras.
Esforços transversos e punçoamento,
Norma MV110, MV103, MV102
REAE
Tensão, Esbelteza e Flecha.

Com sobrecarga,
com vento,
com neve,
com sismo.

Entre o maior vão e o menor custo...

terça-feira, 5 de abril de 2005

Manhã submersa,

Hoje estou assim... nublado. Um estado latente... eu diria mesmo... preguiçoso.

segunda-feira, 4 de abril de 2005

Contadores de estórias

Se há coisas que eu gosto é de um bom contador de estórias. Contadores esses que pegam na ponta de uma meada e parece que nunca mais tem fim.
Entre ficção e realidade, o humor simples e o humor negro é vê-los a contar o seu rol de charadas.
Claro está que tem que haver lubrificante, que é como quem diz: Comes e bebes, muitos bebes !
- Ainda há pouco o Afonso da Mercês esteve a dar uma mija durante uma hora !
- Ó pá, essa não ! ...
- Estou-te a falar sério !!
- Uma hora ??!!
- Pois é ! O gajo tinha estado com o pessoal a beber, lá na adega do Russo, durante umas duas horas. Tu sabes que o Verde dá para regar... Segundo me contaram já estava mais bêbado que uma carroça...
- É, esse não é de dizer que não...
- Pois, contou-me ele que saiu para mudar a água às azeitonas, foi ali mesmo à beira daquele tanque que tu conheces...
- Estou a ver...
- Pois, ele ficou ali estacado em pé a ouvir a água a cair pensado que estava a mijar ! O pessoal foi-se embora e ele ficou lá... Estou-te a falar sério !!!...
- Foi esse que me contou que o André serralheiro aqui há dias quase não passava a ponte...
- E porquê?
- Vinha a ser perseguido...
- Essa ainda não tinha ouvido, quem é que vinha a persegui-lo???
- O gajo já vinha tocado, já era uma da manhã, ao chegar a meio da ponte resolve parar... o outro também pára !... Ele atravessa para o outro lado da ponte... o outro atravessa ! Ele dá dois passos ... o outro dá mais dois passos ! Pensa ele lá para os botões: Este gajo está-me a gozar. Decide atravessar novamente para o outro lado... o outro atravessa também !
- Ó pá ! Isso é de acagassar qualquer um...
- Pois é, o gajo ficou ali parado a tentar decidir o que fazer: Correr ou voltar atrás e pedir explicações. Não é que o gajo vira-se para trás para ir ao encontro do outro.... Era a sombra dele !!!!
- Ó pá ! Essa já parece a do Quimzinho da viúva... Diz-me ele que na véspera de Páscoa precisou de ir à mercearia. Contou-me ele que veio de lá de cima do cemitério até à Lurdes (dona da mercearia) a fazer cavalinho com a bicicleta.
- E qual o problema?...
- Tem calma... tu sabes, aquele trajecto tem quatro curvas e contra-curvas... diz ele que sacou cavalinho com a bicicleta e a roda da frente caiu fora !!!...
- E depois?
- Diz ele que veio até à Lurdes com a roda solta a rolar à frente dele....
- E o Quimzinho a fazer cavalinho...
- Isso !!! ... diz ele, quando chegou cá baixo, a roda sempre à frente dele... deixa cair a frente... e CLIC ! ... a bicicleta encaixa na roda !....

Casar para viver separados

Segundo uma corrente recente, novidade para mim, o Jet Set endinheirado descobriu a última forma de viver casado... viver separado.
Cada um com a sua casa, vivem separados, independentes e estão juntos quando as suas agendas o permitem.

Lá vai o tempo que duas pessoas sonhavam com o casamento para estarem juntas, para comungarem o mesmo espaço, partilharem os bons e os maus momentos, para construírem uma família.

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

Frases da semana

“Nunca guardes nada para um dia especial, todos os dias são especiais.”

“E aprendi, também, que jogar um jogo, ou não jogar, não é assim tão importante.”
(Rui Costa, depois da aterragem de emergência juntamente com a sua família)

"E que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que anseio."
(Oswaldo Montenegro)

"Espero que o Papa não morra senão não vão falar de outra coisa na televisão e não vão dar desenhos animados"
(meu filho de 8 anos)