terça-feira, 30 de março de 2004

Ouvi noticias de muito longe batendo na minha porta
Eu vi os garfos eu vi as facas em cima da mesa posta
Pra que mensagens e telegramas se você chega e some
Tenho dinheiro e cpf mais não me lembro do meu nome

TV escolas e faculdades não a nada a perder
Eu já não vejo eu já não penso já não consigo escrever
Sou faixa preta toco guitarra um dia vou pular de asa
Durmo de dia trabalho a noite nem sei se volto pra casa

Olho pro trânsito olho o sinal tá tudo engarrafado
Vídeos cassetes computadores e outros codificados
Tem uma loira que tá afim a ruiva diz que me ama
A nega quer eu já nem sei quem eu levo pra cama

To abafado me da licença vê se sai da minha frente
Tenho rubia sou impotente meu pé tá sempre dormente
Amsterdã via paris acho que e nesse que eu vou
Mudei o corte do meu cabelo já nem sei como eu sou

Não há mais festas nem carnaval
Acho que eu fui enganado
Me diga as horas eu vou embora
Hoje eu tô atrasado

Com exceção da segunda metade da estrofe do trânsito, o resto é bem próximo da realidade...