segunda-feira, 23 de maio de 2005

tchicapum tchicapum

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades. O tempo passa e tudo evolui bem ou mal. Damo-nos conta que o tempo começa a passar por nós quando deparamo-nos com hábitos, costumes ou gostos que nos fazem sentir deslocados.
Refiro-me particularmente aos ritmos e melodias(?) das correntes musicais actuais. Entramos numa discoteca e logo nos damos conta dos ritmos e batidas hipnóticas algumas delas baseadas em temas que nos fizeram pular e gastar solas nos anos 80/90, e outras ainda mais antigas.

As possibilidades de dançar a dois estão quase esgotadas. Salvo honrosas excepções o roçar dos corpos em pista de dança quase deixou de ser um prazer da geração actual.
No meu tempo de faculdade a quarta-feira era o dia dos testes e dos exames, a respectiva noite servia para festejar o sucesso (e por vezes apagar as mágoas dos “espalhanços”) na discoteca da praxe.
Saltávamos ao som dos Chutos, Van Halen, U2, Doors, e outros tantos não menos efervescentes. A noite tornava-se perfeita se o DJ não se esquecia de nos proporcionar alguns minutos dos ditos slows para dar descanso ao físico e dar largas às áureas dos pares de namorados ou dos desejosos de o ser.

Recentemente inscrevi-me num curso de dança, redescobri o prazer de dançar aos pares. Entre danças de salão clássicas e os ritmos latino-americanos optei pelo segundo. Juntei o útil ao agradável; o prazer da alma à necessidade de movimento do corpo.