segunda-feira, 28 de junho de 2004

...mais uma da série...

coisas que chegam por e-mail.

Simplesmente isto: eu me encontrei.

Simplesmente isto: eu sou eu, você é você.

É lindo, é vasto, vai durar.

O próximo momento é sempre incerto,

mas agora, só agora, olha para mim e me ama.


Não.

Olha para ti e te ama, é o que está certo.
*

Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,

mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.

E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?

Teu ombros suportam o mundo

e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios

provam apenas que a vida prossegue

e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo,

prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.

*
O primeiro é Clarisse, o segundo Drummond e por último um anonimo e não menos sábio:

"Sozinho, um homem não é nada !!!
Nem corno!"