quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Bolinha verde

Estava o pandemónio instalado. O autocarro cheio que nem um ovo e a criança a chorar lamentando-se de forma ruidosa: - perdi a minha bolinha !, - que bolinha? Perguntava a mãe. – A minha bolinha !
Os passageiros entre-olhavam-se, olhavam para os seus pés, para um lado, para o outro.
- Alguém viu uma bolinha aí atrás?
- ... e aí à frente? Não terá rolado para a frente?
De que côr é a bola, perguntava a mãe, não fazendo a menor ideia que bola o seu filhote trazia na mão. – Era verde, respondeu de cara lavada e a fazer beicinho.
- Alguém viu uma bola verde?...
Continuavam a entre-olharem-se impotentes, até o motorista consultou as suas gavetas na esperança de descobrir uma bolinha que pudesse consolar a criança.
Quando o ambiente começou a amainar é a vez da pobre criança consolar a mãe: - Deixa lá, mãe, eu faço outra – e meteu o dedo ao nariz...

(esta é muito mázinha !!! é para descomprimir da zanga que eu tive ontem com a minha mulher...rs...)