sexta-feira, 4 de março de 2005

sobre a pata que nada

Sabado passado (uns 2 atrás) teve um encontro técnico da empresa em Jundiaí, eu sei que não sou técnica, mas como meu amor ia eu queria ir também e infernizei o vice-presidente até que meu departamento fosse convidado, nada mais justo, afinal técnica sem qualidade não serve pra muita coisa. (Puxa, agente se completa mesmo hein?!)
Estavamos lá, todos felizes e contentes para uma bela sessão de palestras para saber como andam as coisas na empresa e ainda, comermos muito por conta da casa.
O lugar era maravilhoso, piscina, quadras, cavalos, tirolesa e salva-vidas.
E algumas coisas engraçadíssimas que eu não vou contar não, porque tem gente da empresa que lê isso aqui.
Enfim, todos alí reunidos, muita bagunça, muita comida e muita coisa pra falar.
Tudo começou com o anúncio da compra do nosso maior concorrente. O chefe num sabe brincar, tá quase virando monopólio isso! E a concorrencia desleal está lançada! Somos donos de tudo agora...
Depois alguma novidades técnicas e um video motivacional feito com um espetáculo de sapateado que me arrepiou.
E pra fechar, um palestrante convidado.
O tema da palestra era a sinceridade, afinal de contas você sabe o que é sinceridade?
Não? Mas eu sei e posso te contar. E existem coisas que você sabe e eu não sei e isso é ótimo, assim não nos tornamos repetitivos!
Lembrei de coisas como inflação, quando os lanches da cantina da escola aumentavam de preço de um dia pro outro.
Vi o lado psicológico do filme ET que me traumatizou quando criança.
Extrapolar tendencias, romper barreiras e voar de bicicleta!
Sim, alguém me fez acreditar que bicicleta voa!
Entender a angústia de alguém que não consegue se encontrar neste mundo e que não tinha uma porcaria de um celular para 'fone home!'.
Além disso percebi o quanto estou envelhecendo.
Hoje uma criança quando vai para escola já assistiu cerca de 5000 horas de TV.
Chega na classe, a tia senta. Abre um livrinho e começa: "A PA-TA NA-DA"
Imagine a cara das crianças?
Devem responder:
"leve-me ao seu lider!"
É, na hora eu entendi algumas caras e bocas que meu sobrinho me faz de vez em quando...
Mas a sinceridade esta mesmo em vestir a camisa, trabalhar que nem doida e se orgulhar disso quando chega o dia do pagamento... não vou comentar o que tem me acontecido nesses dias, pode ser que melhore com o tempo.

O resto do dia foi bom, tive que vir embora cedo mesmo contra a vontade, ninguém mandou reparar no salva-vidas, né?!

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